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Oi, boas-vindas
à Mixtape #32

Meu nome é Giovanna Cianelli, e, toda semana, você vai receber uma playlist com músicas selecionadas a partir da minha pesquisa musical. A ideia é explorar sons de diferentes países, gêneros e épocas.

Difícil passar por essa semana sem pensar politicamente no Brasil, nos nossos interesses e conflitos. A semana começou com 7 de setembro e algumas manifestações esquisitas, com bandeiras gigantes dos Estados Unidos estendidas pelos ditos patriotas. O problema, pra mim, é que eles não enxergam e valorizam o Brasil, que é tão rico e único. Fiz uma playlist apenas com músicas brasileiras pra exaltar a criatividade e o talento do nosso país.

Oi, boas-vindas
à Mixtape #32

Meu nome é Giovanna Cianelli, e, toda semana, você vai receber uma playlist com músicas selecionadas a partir da minha pesquisa musical. A ideia é explorar sons de diferentes países, gêneros e épocas.
Difícil passar por essa semana sem pensar politicamente no Brasil, nos nossos interesses e conflitos. A semana começou com 7 de setembro e algumas manifestações esquisitas, com bandeiras gigantes dos Estados Unidos estendidas pelos ditos patriotas. O problema, pra mim, é que eles não enxergam e valorizam o Brasil, que é tão rico e único. Fiz uma playlist apenas com músicas brasileiras pra exaltar a criatividade e o talento do nosso país.
Claudya abre com “Deixa eu dizer”, um clássico da resistência, que ficou muito conhecido nos anos 2000 quando o D2 sampleou na música “Desabafo”.

Em seguida, o SamJazz aparece com “Nega Neguinha”, lembrando como o samba-jazz brasileiro soube reinventar tradições. Eu cantava essa música pra minha gatinha preta, a Ivy Brussel (RIP). Essa é uma composição do Jorge Ben, que vai aparecer mais pra frente na seleção. Já Rosinha de Valença, uma das raras e brilhantes mulheres instrumentistas do violão nos anos 1960 e 1970, brilha em “Zanzibar”.

O psicodelismo tropical explode em “Vendedor de bananas”, d’Os Incríveis, e Caetano Veloso revisita a tradição com “Ave-Maria”, mostrando que modernidade e ancestralidade podem caminhar juntas. Di Melo acende todas as pistas com “Kilario”, enquanto Gilberto Gil abre horizontes em “17 léguas e meia”.

O psicodelismo tropical explode em “Vendedor de bananas”, d’Os Incríveis, e Caetano Veloso revisita a tradição com “Ave-Maria”, mostrando que modernidade e ancestralidade podem caminhar juntas. Di Melo acende todas as pistas com “Kilario”, enquanto Gilberto Gil abre horizontes em “17 léguas e meia”.

Da margem carioca, Elizio de Búzios faz o corpo balançar em “Tamanqueiro”, e logo depois vem a genialidade inventiva de Hermeto Pascoal e sua família em “Aula de natação” — uma peça esquisita, divertida e livre, na qual a música é quase uma brincadeira de criança.

O groove volta com Jorge Ben Jor em “Menina bonita não chora”, seguido pela força de Tim Maia em “Não vou ficar”, música que ficou famosa com Roberto Carlos, mas que é incrivelmente mais potente na voz de quem a escreveu. A sequência ganha um eco emocional em “Não vou chorar”, d’Os Diagonais, e termina no lirismo da minha maior diva, Gal Costa, com “A coisa mais linda que existe” (é você, Gal).

O groove volta com Jorge Ben Jor em “Menina bonita não chora”, seguido pela força de Tim Maia em “Não vou ficar”, música que ficou famosa com Roberto Carlos, mas que é incrivelmente mais potente na voz de quem a escreveu. A sequência ganha um eco emocional em “Não vou chorar”, d’Os Diagonais, e termina no lirismo da minha maior diva, Gal Costa, com “A coisa mais linda que existe” (é você, Gal).

O Brasil é lindo, diverso e complexo. Essa semana, espero que a gente faça jus à nossa história e responsabilize os criminosos que atentaram contra a nossa democracia e os interesses do povo brasileiro. Viver momentos históricos é sempre cansativo, mas não temos alternativa. 

Até a próxima semana, 
Giovanna