30 de Setembro
(Terça-feira)

19h30  – 21h30

via Zoom

COM MEDIAÇÃO DE

Ligia Gonçalves Diniz

É professora de teoria literária na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora dos livros Imaginação como presença: o corpo e seus afetos na experiência literária (UFPR, 2020) e O homem não existe: masculinidade, desejo, ficção (Zahar, 2024). Atua como crítica literária em veículos como Folha de S.Paulo, Quatro Cinco Um e Cult.

"Criar é como fazer amor,
ou como dançar a dois."

"Criar é como fazer amor, ou como
dançar a dois."

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Sobre a escritora

Rosa Montero nasceu em 1951, em Madri, na Espanha. É jornalista, tendo sido redatora-chefe do jornal El País e reconhecida internacionalmente por seu trabalho como entrevistadora.

Estreou como escritora de ficção em 1979 e desde então publicou mais de 30 livros, entre coletâneas jornalísticas, romances e literatura infantojuvenil. Por seu romance A louca da casa (Todavia, 2024), recebeu os prêmios Grinzane Cavour de Literatura Estrangeira e Qué Leer de Melhor Livro Espanhol, distinção que também foi atribuída, em 2006, a seu romance História do rei transparente (Ediouro, 2005). Em 2017, o conjunto de sua obra foi reconhecido pelo Prêmio Nacional das Letras Espanholas.

No Brasil também foram publicados seus romances Lágrimas na chuva (Harper Collins, 2014), A ridícula ideia de nunca mais te ver (2019), A boa sorte (2022) e O perigo de estar lúcida (2023), e a coletânea de não ficção Nós, mulheres (2020), estes pela editora Todavia.

Sobre o livro

Compartilhando curiosidades surpreendentes sobre como nosso cérebro funciona na hora de criar, decompondo todos os aspectos que influenciam a criação e reunindo-os diante dos olhos do leitor enquanto escreve ― como uma investigadora pronta para combinar peças avulsas para solucionar um caso misterioso, Rosa Montero mescla ensaio e ficção nessa exploração das conexões entre o criar e a loucura. E assim o leitor descobrirá a teoria da "tempestade perfeita" ― aquela que prega que na explosão criativa são postos em cena fatores químicos e situacionais irrepetíveis ― e presenciará o processo de surgimento de ideias de Rosa Montero, desfrutando das vivências da autora, que habitou diretamente, e durante anos, um território nas vizinhanças da loucura. 

O perigo de estar lúcida fala das ''fadas'' que nos presenteiam e nos fazem pagar um preço — muitas vezes alto demais — por isso. Nós, ditas pessoas ''normais'', não temos esse custo, mas com frequência corremos o risco de sucumbir ao tédio em vez de morrer de amor. ''Como em tudo, a chave está no equilíbrio entre a porcentagem de desapego e de sentimento, em alcançar uma certa harmonia entre o eu que sofre e o eu que controla'', afirma a autora deste livro irresistível e cheio de indagações.