É membro do Clube? Faça login para acessar o conteúdo.

Oi, boas-vindas
à Mixtape #20

Meu nome é Giovanna Cianelli, e, toda semana, você vai receber uma playlist com músicas selecionadas a partir da minha pesquisa musical. A ideia é explorar sons de diferentes países, gêneros e épocas.

Nesta semana, a mixtape viaja entre psicodelia peruana, soul caribenho, punks e grooves brasileiros. Vamos nessa? 😎

Oi, boas-vindas
à Mixtape #20

Meu nome é Giovanna Cianelli, e, toda semana, você vai receber uma playlist com músicas selecionadas a partir da minha pesquisa musical. A ideia é explorar sons de diferentes países, gêneros e épocas.
Nesta semana, a mixtape viaja entre psicodelia peruana, soul caribenho, punks e grooves brasileiros. Vamos nessa? 😎
Começamos com Los Destellos e sua "Guajira Sicodélica", faixa de 1969 que é um marco da chicha peruana — um som que mistura cumbia, rock psicodélico e surf music. A guitarra afiada de Enrique Delgado é puro deleite lisérgico. De lá, seguimos para a Jamaica dos anos 1970 com "Leaving Rome", de Gladstone Anderson, com produção do lendário selo Moodisc, um instrumental de reggae cheio de melancolia.
Começamos com Los Destellos e sua "Guajira Sicodélica", faixa de 1969 que é um marco da chicha peruana — um som que mistura cumbia, rock psicodélico e surf music. A guitarra afiada
de Enrique Delgado é puro deleite lisérgico.
De lá, seguimos para a Jamaica dos anos 1970 com "Leaving Rome", de Gladstone Anderson, com produção do lendário selo Moodisc, um instrumental de reggae cheio de melancolia.
Na sequência, Little Beaver entrega o groove envolvente de "I Can Dig It Baby", faixa que o consagrou como um dos guitarristas mais expressivos do soul de Miami nos anos 1970 — ele também gravou com Joss Stone décadas depois. Em contraste, "Breakdown", dos Buzzcocks, traz a energia do punk britânico de 1977.
Sly & The Family Stone, pioneiros na fusão de funk, soul e psicodelia interracial, aparecem com "If It Were Left Up to Me", lado B raro onde Rose Stone assume os vocais, revelando a sensibilidade pop por trás do caos colorido da banda.

Do lovers rock inglês dos anos 1980, Christine Lewin interpreta "Juicy Fruit", uma releitura sensual e minimalista do hit de Mtume — versão que só foi redescoberta em 2015 graças à coletânea For the Love of You, do selo Athens of the North.
Sly & The Family Stone, pioneiros na fusão de funk, soul e psicodelia interracial, aparecem com "If It Were Left Up to Me", lado B raro onde Rose Stone assume os vocais, revelando a sensibilidade pop por trás do caos colorido da banda.

Do lovers rock inglês dos anos 1980, Christine Lewin interpreta "Juicy Fruit", uma releitura sensual e minimalista do hit de Mtume — versão que só foi redescoberta em 2015 graças à coletânea For the Love of You, do selo Athens of the North.
No bloco brasileiro, Ivan Conti "Mamão", baterista do Azymuth, aparece com "Ilha da Luz", faixa solo que mistura jazz fusion com ambient, lançada em 1984. Em seguida, Ronie Mesquita, pouco conhecido fora do circuito de colecionadores, brilha em "Remelexo", do seu único álbum solo de 1971, uma joia do samba-jazz psicodélico carioca.
Fechamos com Madlib e "Mystic Bounce", faixa do disco Shades of Blue (2003), em que o produtor californiano teve acesso irrestrito aos arquivos da gravadora Blue Note para criar remixes e colagens inéditas. "Mystic Bounce" sampleia a faixa homônima de Ronnie Foster, lançada em 1972, mas Madlib transforma o material original num mantra, mixando jazz, soul, hip-hop, texturas e vinhetas inesperadas. A faixa é um exemplo da arqueologia sonora que define o trabalho dele — Madlib costura épocas, gêneros e atmosferas como se estivesse fazendo uma colagem. Tudo que veio antes ressoa aqui, distorcido e recriado no presente.
Fechamos com Madlib e "Mystic Bounce", faixa do disco Shades of Blue (2003), em que o produtor californiano teve acesso irrestrito aos arquivos da gravadora Blue Note para criar remixes e colagens inéditas. "Mystic Bounce" sampleia a faixa homônima de Ronnie Foster, lançada em 1972, mas Madlib transforma o material original num mantra, mixando jazz, soul, hip-hop, texturas e vinhetas inesperadas. A faixa é um exemplo da arqueologia sonora que define o trabalho dele — Madlib costura épocas, gêneros e atmosferas como se estivesse fazendo uma colagem. Tudo que veio antes ressoa aqui, distorcido e recriado no presente.

Espero que curtam e até a próxima!

É membro do Clube? Faça login para acessar o conteúdo.